domingo, 25 de dezembro de 2011

Só preciso de você



Amor, sei que você não pode ler essa mensagem mas eu precisava desabafar, escrever aquilo que estou sentindo agora. A dor é muito grande, tão intensa que sinto que vai tudo desmoronar, sem você por perto parece que meu mundo fica de avesso, sem sentido, sem encaixe, porque eu já tinha te dito e repito: você se tornou a minha vida, e como vou querer viver sem ela? Então eu procuro algum meio de cessar isso que está faltando dentro de mim, e não consigo encontrar nenhuma maneira, posso ouvir milhões de vozes, mas nenhuma tem o efeito que você causa em mim. Sabe quando eu tive certeza que você era o amor da minha vida? Aquele dia em que estava triste, ansiosa quanto ao meu futuro, então você ligou para mim e pediu para te escutar, e leu aquela passagem da bíblia, então em alguns minutos sua voz, seu conforto tinha ajuntado tudo o que estava desmontado dentro de mim, as lágrimas corriam na minha face, mas não eram mais de dor, nem de tristeza, era de emoção, de amor por ter você comigo. E o que eu sinto é real, é irrevogável, e a sensação de não te ter, é como se estivesse me matando aos poucos, como se estivessem tirando de mim aquilo que me fazia viva, sabe? A única coisa que eu queria agora era você, ao menos ouvir sua voz, e saber que você está bem, as lágrimas correm, a dor aumenta e eu me sinto de mãos atadas, desesperada, querendo gritar, chorar, e fazer com que a dor vá embora, mas ela não vai, ela só vai quando eu tiver você de novo aqui comigo. A mesma voz, a mesma presença, apenas você. Então eu peço para Deus em todas as minhas orações que te traga de volta para mim seguro, e protegido, porque você é a minha vida, e sem você eu sinto que não consigo. Ei, me da o melhor presente do mundo? quero você, só isso. Eu te amo. E eu sempre serei sua princesa, então vem de novo ocupar o lugar que só pertence a você.

domingo, 18 de dezembro de 2011

É por voce que fecho os olhos

Eu sinto você aqui perto de mim. Em cada sorriso é como se fosse você o propulsor para que eles estejam aqui tão constantes, tão sinceros. Em cada lágrima, é você com sua voz calma, rouca que me acalenta, como se você enxugasse elas, sentisse elas. Em minhas indecisões, você me ajuda a entender que isso é normal, mas que vai me apoiar naquilo que seja melhor para mim. Em cada sonho, você diz que é possível, que eu vou conseguir. E então eu percebo que você não faz parte da minha vida, é como se você fosse um pedaço dela, fosse ela. Quando no meio da noite, no escuro e digo que estou com medo, você diz que não estou sozinha, que você esta comigo, e como se em um instante eu me sentisse a garota mais protegida do mundo. Quando eu falo minhas besteiras, quando eu canto musicas sem sentido, você ri comigo, um sorriso tão gostoso, tão convidativo, com você posso ser quem eu sou, faladeira, implicante, curiosa, insistente, impaciente, raivosa, e você continua me amando do mesmo jeito, me vendo como a menina perfeita, mesmo eu não sendo, mas como você mesmo disse, perfeita para os seus olhos. Estranho, assim que eu lhe vejo também, perfeito, mesmo errante, você é perfeito para mim, tudo que eu pedi em uma pessoa só. E eu continuo amando você cada dia mais, do jeitinho que você é. Então projetar o futuro com você é tão fácil, porque você já aparece neles inconscientemente, parece que eu sempre te conheci, que você sempre esteve aqui, talvez estivesse me acompanhando em caminhos diferentes, mas que no final, acabariam se cruzando, não como destino, mas como planos de Deus. Algumas vezes nossos risos se conectam, quando nossos desejos são tão parecidos, nossos gostos, nossos gestos, nossas palavras, você se encaixa perfeitamente no meu coração, um pedaço de mim. Você chegou e me mostrou aquilo que eu sempre quis conhecer, um amor verdadeiro, sincero, e que isso aumente, renove e seja cada dia mais belo e abençoado por Deus, porque o que Ele une nada, nem ninguém pode separar. Como eu cantei aquele dia para você: Quando eu penso em alguém, é por você que fecho os olhos. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ele. Ela

Ele: Eu quero tanto te abraçar.
Ela: Eu também amor, vc vai me apertar até cair tua ficha que é eu mesmo que estou ali com você.
Ele: Eu nao me importo nem tanto com o sabor do seu beijo.. Só de sentir teu abraço posso me sentir completo.

domingo, 16 de outubro de 2011

Meu eu com você

A campainha do lado de fora sooa. Grito : - Ja vou .
Corro pela milésima vez para o espelho checando se estava tudo de acordo com aquela noite. Eu precisava estar perfeita para ele.
Pego minha bolsa e abro a porta o mais natural possivel, tentando camuflar o coração disparado que se escondia por debaixo do meu vestido.
- Boa noite. - Ele sorri timidamente. Minhas pernas fraquejam um pouco, de repente ele ali tão perto de mim se torna surreal.
-Boa noite. - Respondo com um sorriso aberto. Se ele desejava ser o motivo da minha felicidade, ele já tinha começado com o pé direito.
A vontade que tinha era de abraça-lo ali mesmo na porta da minha casa, me certificando que ele realmente estava ali, respirando o mesmo ar que eu. Me contive.
Fecho a porta, enquanto ele me espera em total silêncio. E aquilo estranhamente me incomodou, já que nossas conversas costumavam ser tão fartas, e a ausência de sua voz me inquietava. Então procuro puxar conversa.
-E então como foi a viagem?
-Maravilhosa! Nem senti muito o voo, dormi a viagem toda e apesar de estar inclinado com a ansiedade não deixei que ela me vencesse.
O costume de não dar o braço a torçer estava ali explicito em suas palavras, exatamente como eu já deduzira. Sorrio com essa observação em pensamento.
Ele abre o carro e sentamos no banco, ele pareceu ter ficado curioso com meu sorriso inesperado. E então pergunta:
-Eu sei que você diz que sou engraçado, mas me ajuda a encontrar a piada? - seu comentario sai leve, descontrai.
-Não direi. Essa é a graça de sair comigo. Sempre fica um mistério no ar.
Um sorriso sedutor escapa de meus lábios sem permissão.
-Tudo bem contenho minha curiosidade, contanto que eu possa observar seu sorriso a noite inteira.
As bochechas começam a esquentar, e tentando esconder minha fraqueza olho para fora do carro. Sagaz ele percebe, mas não diz nada.
-Então, onde vamos? - ele pergunta quebrando o clima que ele mesmo criara.
-Você decide. - O fito rapidamente mas logo retorno meu olhar para fora do carro. Os seus olhos verdes tinham um brilho especial que era dificil resistir se ficasse os observando por muito tempo.
-Tudo bem. Já tenho uma surpresa para você.
"Uau, adoro surpresas!" falo em pensamento e sorrio sem que ele perceba.
No caminho nossa conversa fluiu espontânea, agradável, aquele tipo de diálogo que se perde a noção do tempo. Nossas vozes se misturavam algumas vezes como se fossem uma só, nossos olhares se cruzavam algumas vezes, apesar dele sempre manter o seu fixo em mim, eu sempre achava uma maneira de desvia-lo, não porque era a minha verdadeira vontade, mas era uma forma de precaução que eu estaria parcialmente "salva" de seu olhar convidativo.
Quando chegamos no lugar ele tira um pequeno lenço do porta-luvas. Sem entender olho assustada para ele.
-Calma, não vou te raptar. . . - Então ele dá uma pausa sugestiva. - Claro, ao menos que você peça.
Um sorriso extremamente charomoso escapa por seus lábios vermelhos, que estavam ainda masi evidentes pelo frio do ar-condicionado.
-Tudo bem, confio em você.
Apesar da bolha protetora que criara por tantos anos (aquela que segundo mes ideais me deixaria imune da dor, da desilusão e do sofrimento), estranhamente eu acreditava nele, e pela primeira vez não tive medo que a bolha estourasse, queria sofrer os riscos, se esse seria o preço da busca por minha felicidade, eu estava disposta a pagar.
Então ele me da um beijo na testa, o primeiro contato que tivemos aquela noite, e venda meus olhos.
Ele me guia cuidadosamente, não tinha a minima ideia do que estava por vir, mas estava ansiosa para descobrir.
-Pronto.
Ele desvenda meus olhos.
 Um parque surge na minha frente (ele escolhera o lugar menos movimentado e o que estava mais privilegiado pelas estrelas), ele estende um pano vermelho sobre a grama bem cuidada, e senta sem fleuma.
Aquilo poderia ser simples, mas perto dele tudo parecia estar completo.
Ele estende sua mão para que eu me juntasse, me convidando com um daqueles sorrisos que te deixam sem chão.
Sento ao seu lado. Me ajeitando para ficar em uma posição confortável.
- Nossa, eu nunca imaginaria que você me traria para um lugar assim. - falo ainda surpresa.
-Existem muitas coisas sobre mim que você nunca imaginaria. Por isso que estou aqui, quero compartilhar o meu eu com você.
Seus olhos continuavam fixos em mim, e dessa vez não me incomodou. Então pela primeira vez correspondo, seus traços pareciam ainda melhores de perto. Ele era perfeito refletido nos meus olhos.
Nossas mãos se entrelaçam, apesar da diferença de tamanho elas se encaixam perfeitamente. Aquela conexidade era muito forte, chegava até a ser assustadora.
-Depois de tanto tempo, ter você assim tão perto parece até improvavel, um daqueles inúmeros sonhos que o tinha só para mim e quando acordava continuava sozinha. -relembro as noites frias em que o desejava tê-lo do meu lado, mas que o meu querer era impossivel de ser concretizado, aquela agonia me invadiu e me trouxe à tona. A bolha protetora voltara sem permissão. - Isso é real, certo?
Um sorriso genuíno escapa por seus lados, pelo meu comentário tolo.
-Tão real como meu amor por você.
As mãos ali encaixadas se desatam, apenas para que a conexidade se tornasse ainda mais próxima. Nossos corpos se aproximam como dois imãs, ele acaricia minha face, enquanto seu olhar me arrebata para um mundo criado por nós dois. Nossos lábios se aproximam e pocuram traduzir entre si aquilo que se passava por dentro, mas que parecia se inexpremível por meras palavras. Porque nosso reatsu era sobrenatural.
Tudo parecia tão mágico, como se não pertecesse ao mundo real, um fragmento daquilo que eu sempre idealizara como o perfeito. Ambos sabiamos que nem sempre tudo seria tão fácil como aquela noite, mas também tinhamos dentro de si, que enquanto estivemos juntos, ele fosse parte de mim e eu dele, tudo daria certo.
                                                                                                                                                                                                                Juliana Santiago.
(Encontre esse e outros contos no meu blog: jmsdramaqueen.blogspot.com ;**

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O espelho do passado


O passado é o espelho daquilo que você plantou, de suas ações, escolhas, laços, de todo o conjunto que você viveu. Algumas vezes surge uma vontade de quebrar o espelho e que todos o erros se despedaçem em mim pedacinhos juntamente com os cacos de vidro esplhados pelo chão. Outras vezes dá um vontade gigantesca de ficar admirando aquele espelho com as face que por ali já passaram, pelos sorrisos refletidos, por tudo que um dia te fez feliz. Outra porém, creio que essa é a pior de todas as maneiras de lidar com o passado, evitamos aquele grande espelho, seguimos em frente tentando não olhar para trás,desprezando tudo que ali grita, surge, que um dia já foi sentido e que o presente busca afogar no meio da novas sensações. Acaba-se esqueçendo aquilo que um dia foi importante, porque o erros, a lágrimas, as dores também fazem parte da nossa história. Então na próxima vez que olhar no seu espelho, sorria e se sinta presenteado por apenas você ter uma história inteirinha feita por você. E quando esse memo espelho repleto de coisas boas, buscar refletir o montros do passado você chega pertinho e fala: - Você ja está ai preso dentro desse vidro, você não pode mais me atingir. Então sinta-se um vencedor, porque um dia você superou o que parecia impossivel.  Mai também olhe para frente e concentrece-se no seu presente, porque ele também ficara encarregado de formar tudo aquilo que estará refletido no seu espelho um dia.

                                                                                                                   Juliana Santiago

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

E eu já te encontrei.



Você pode dar a volta ao mundo, se encantar cm muitos sorrisos, conversar com muitas pessoas. Mas quando o amor é verdadeiro, herdado por Deus, você sempre volta para aquela pessoa que você tinha antes de dar a volta o mundo, se encantar cm os sorrisos, e conversar cm muitas pessoas, você percebe, que nada vai mudar o que você sente, e que você estava certa: essa pessoa é realmente aquela que você sempre procurou, e que coincidentemente já tinha encontrado .
  
                                                  Juliana Santiago

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Abri meus olhos.


Hoje pela manhã reparei nos detalhes que meus olhos viam, mas não enxergavam verdadeiramente. A luz do sol refletiu em meus olhos, o seus raios aqueceram fortemente a minha pele, eu não reclamei apenas senti e deixei-me agradecer por estar viva e ser privilegiada de viver essas experiências. O verde das árvores e suas sombras, o azul do céu que parece uma aquarela no meio de tão grande vastidão, o vento que sussurrava fortemente em meu ouvido dizendo: - Ei, estou aqui. Eu também exalto a grandeza divina. 
No dia em que abri meus olhos e me permiti enxergar a verdadeira beleza da vida, ao invés de reclamar das listras em preto e branco. 

Juliana Santiago

sábado, 17 de setembro de 2011

A vida é realmente inesperada


A vida é realmente inesperada, às vezes ela nos presenteia com momentos únicos, gargalhadas, pessoas especiais, mas como toda a graça que ela nos proporciona toda essa felicidade existem também os momentos de dor, de solidão, de angústia, de medo, tudo isso graças a fraqueza do ser humano. Os momentos de erro que fazem o teto desmoronar sobre as nossas cabeças, quando nos sentimos desamparados e sem chance de se levantar. Mas então, a vida com suas peripécias, concede- nos a chance de recomeçar, de tentar tudo pela segunda vez, levando as cicatrizes dos erros como marcas de aprendizado. Sim, ela é uma professora ditadora, na maioria das vezes aplica a prova antes de ter passado a matéria, nos põe na batalha sem estarmos com a armadura, e então dessa maneira brusca ela nos ensina a crescer, a nos tornamos fortes, pessoas melhores, mais corajosas, espertas, audaciosas.
A vida mostra que amar é bom, que sentir que se é amado é melhor ainda. Que ouvir seu coração pulsar forte por uma única pessoa vale à pena, que isso é viver. Mas esse mesma vida também lembra que algumas vezes amar é sofrer, é se decepcionar, é colocar muitos planos em cima de alguém e às vezes eles caírem por água abaixo, que algumas vezes se doa mais do que recebe. Mas no final de tudo, o ser humano é teimoso e mesmo caindo, sofrendo, ele segue buscando um dia acertar no meio de tantos erros.

Juliana Santiago

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O amor não vive somente de lembranças


Os passos se tornavam cada vez mais intensos dentro daquela viela deserta, a sombra refletia assustadoramente na parede, como se até ela pudesse me agredir. Estava perdida, as suas palavras ainda latejavam em meus ouvidos, e iam crescendo, me dando uma súbita vontade de gritar, como se a minha voz pudesse expulsar os fantasmas do medo que acarretavam a minha vontade de continuar caminhando, seguindo em frente, longe de você. Apesar daquela dor que fincava ainda mais meu peito a cada pensamento do que vivemos juntos, dos afagos no meio da noite em que nossos corpos se entrelaçavam, das vezes em que ouvi sua gargalhada me retirar dos dias tenebrosos, do modo em que a gente fazia as pazes depois de uma discussão, do eu te amo que você silabou de forma tão sincera e maravilhosa que fez com que minha vida inteira tivesse valido à pena.
"Mas ninguém vive de lembranças, eu vivo do que sinto hoje, e o meu hoje não é mais você". As suas palavras ainda mantinha a minha razão em pé, mas sempre o sentimento vence. É inevitável.
Presenciar o afeto que antes era dedicado a mim para outra pessoa era muito torturante, fiquei ali em pé sem ação, saindo do seu apartamento com os pés quase que não sentindo o chão, era como se um terremoto estivesse sendo sentido apenas por mim, os cacos do nosso retrato ainda estava lá despedaçado no chão, retratando o que você fez com meu coração.
O escuro da viela me fazia bem, porque assim ninguém presenciava a minha fraqueza. Mas será fraqueza amar alguém? Se fosse eu estava terminantemente fraca e indefesa, porque eu amo você, mas lutaria com o resto de força que existia em mim, para que isso terminasse, e que enfim eu pudesse ser feliz, porque como você disse ninguém vive de lembranças, nem meu amor por você.

Juliana Santiago

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

**

O verdadeiro relacionamento n é aquele q é formado por pessoas perfeitas, mas aquele no qual cada um aprende a conviver com os defeitos um dos outros e admirar suas qualidades.
                                                                                                                     (autor desconhecido)
                                                                                                              
                                                                                                                                   Juliana Santiago

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A pessoa certa



A gente vaga o mundo inteiro, procura, se limita a determinar a pessoa certa. Mas quando essa pessoa apareçe quando vc menos espera? Talvez pessoa certa não existe, mas com certeza tem aquela que se torna perfeita para você. Como quando se encontra um tesouro e não quer mais largar, afinal você passou muito tempo esperando por ele.
A pessoa em que você sonha em aqueçe-lá nos dias frios, em ouvir suas gargalhadas qaundo você conta suas piadas bobas, em tirar zilhões de fotos para duas ficarem boas, de no friozinho se enrolarem embaixo do edredon e um aqueçer o pé do outro, de sentir o acalento que só os olhos dessa pessoa trazem .
Qaundo essa pessoa chega, você quer tomar conta dela, quer fazê-la feliz. Então...

   Me deixa ser a tua felicidade?

Juliana Santiago

terça-feira, 16 de agosto de 2011


Sempre imaginei a vida como uma folha em branco, em que você desenha ali o que quiser, às vezes você pinta um desenho belo e se orgulha quer colocar na parede para todo mundo ver, mas também existem os desenhos feios que você se envergonha a tal ponto que quer rasgar, jogar no lixo e fingir que ele nunca existiu, mas você sabe que o fez, e por mais que ninguém o veja ele fará parte para sempre da sua coleção desagradável.
Todo mundo tem um acervo de quadros belos e feios. Existem aqueles que são tão belos, tão sublimes que não queremos pregar ele na parede, seguramos ele na mão, e deixamos que outros quadros branquinhos passem sem a oportunidade de desenhar uma obra-prima, perdemos muitos por causa de um. E esse por mais que seja especial, não dará a oportunidade de novas pinturas, novos borrões, e novos quadros para a coleção de qual devemos nos orgulhar, porque é cada um desses quadros que compõe a nossa história.

                                                                            Juliana Santiago

sábado, 13 de agosto de 2011

Meu tudo S2



   As palavras continuam engatadas , os sentimentos são grandes e acabam se comprimindo nesse lugar tão pequeno reservado dentro do meu peito. Minha alma ferida, foi sendo lavada com as lágrimas que passarão em meus olhos, elas não eram simbólicas, eram tão verdadeiras como o sol que esqueta minha pele, o vento que me beija ao entardecer, tão real como eu e você.
  Durante todo esse tempo vaguei procurando a palavra felicidade, todos aqueles sorrisos deveriam ter um sentido, não existem apenas para "enfeitar" o mundo, então eu percebo que a felicidade é quando você está feliz, meu contentamento é ser sinônimo de seu sorriso.
  E eu farei isso, buscarei sua felicidade até onde minhas forças permitirem, porque se eu assim fizer, creio que também serei feliz.
  Essa vontade de me embalar em seu abraço, me perder em seu sorriso, de ser sua eterna razão, de ter fazer sempre feliz. E enquanto você me quiser por perto vou estar, porque involuntariamente você se tornou um pedaçinho de mim.
  Tentei arrumar as coisas a acabei bagunçando ainda mais, me ajuda nessa faxina, a deixar tudo como tem que ser.

Para o meu anjinho **
Juliana Santiago

sábado, 6 de agosto de 2011

Eu te amo. Não diz tudo.

Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,
Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,
Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,
É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
                                       Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

Arnaldo Jabor

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Palavras tolas de um coração complicado



Seus braços aconchegam meu corpo, inclino minha cabeça e me sinto tão protegida. Você me diz que eu sou a única, aquela que preenche seu coração, a razão me diz para não acreditar em suas palavras, mas quando flagro seu olhar vindo em minha direção, percebo que é verdade, você me olha como se eu fosse o maior tesouro que alguém pode possuir.
Quando me sinto fraca, você me abraça recuperando minhas forças, você cuida de mim sem pedir nada em troca.
Você esteve do meu lado quando eu mais precisava, você me reergueu e como retorno eu só o machuco. Que tipo de pessoa eu sou?
Suas palavras mansas ao pé do meu ouvido me arrepiam no meio da noite, o calor de seu corpo em meio ao frio, sua presença me faz tão bem, então porque eu complico tanto?
Sinto que você é ligado a mim, sempre que estou indo volto atrás.
Você disse que esperaria por mim o tempo que fosse preciso, mas tenho medo de não ser a sua prometida.
Mas não importa o amanhã, porque hoje eu quero dizer o quanto você é importante, e como você me fez feliz.

Juliana Santiago

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Para roubar um coração


Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. 
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. 
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. 
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade. 
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,  que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago. 
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,  vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.  Uma metade de alguém que será guiada por nós  e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. 
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? 
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. 
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava. 
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,  a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! 
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...  é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Esse tal de amanhã

  
 Sempre pensei em como seria minha vida, me preocupo com o amanhã, tenho medo de cometer os mesmos erros de ontem, e não ter a mesma sorte de hoje. Chamam de ansiedade, eu prefiro usar o termo “precaução”.
  Mas acabei percebendo, que o motivo da vida ser tão interessante é a surpresa do amanhã, é certo que é natural do ser humano, tentar planejar, controlar as coisas para que obedeçam a sua vontade, mas a vida é instável, e essa rebeldia de querer corre livre sem que haja alguém colocando uma corrente em seu pescoço é o que a torna tão emocionante.
  A esperança de que amanhã tudo ficara melhor, que será o dia que encontrará o amor de sua vida, o dia em que as pessoas dirão sim, o dia em que alguém se alegrara com seu sorriso. E se amanhã nenhuma dessas coisas acontecer, outras virão, podem não ser tão boas, então teremos o mesmo pensamento: “ Amanhã será diferente, será tudo melhor”.
  E esse ciclo se repetirá até o último suspiro, porque o futuro é incerto, e cheio de surpresas, por isso que fico tão “ansiosa” para que ele chegue logo. Sempre fui o tipo de garota impaciente e curiosa, que fica querendo dar uma espiada no que virá depois.

                                                                                                              Juliana Santiago

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mudar para ser aceita?


  Cabelos cacheados, um senso de humor imbátivel, quilinhos a mais, desastrada, esperta, não era a destaque da turma, mas fazia o suficiente para passar de ano, boa filha, péssima bajuladora, era assim transparente e verdadeira.
  Gisela era diferente, não pela sua beleza excepcional, mas pelo seu carisma, seu caráter, não era rica, mas tinha o maior dos tesouros: pessoas que amavam-a do jeito que ela era. Mas uma pessoa, foi suficiente para ela abandonar tudo isso, ela decidiu mudar.
  Cabelos lisos, esnobe,corpo atlético, perfeccionista, subia na costas dos outros, péssimo filho, ótimo bjulador, era assim falso e superflúo.
  E foi justamente ele, Gustavo, totalmente o oposto dela, que seu coração decidiu bater mais forte, ele a esnobava, a humilhava, mas seu coração apaixonado relevava tudo, mas porque ele? Tem coisas que ninguém tem respostas, mistérios do coraçao.
  Entrou na academia, enxugou os quilinhos a mais, jogou fora as calças largadas e trocou por roupas de grife, seus antigos amigos já não serviam mais “estragavam sua imagem”, dispensou a amizade verdadeira, escolheu a falsa. Gisela melhorou de forma, de auto-estima, mas tambem mudou aquilo que a fazia diferente, se tornou igual as outras, superficial.
  Gustavo a aceitou, agora ela podia andar ao seu lado “sem causar mico”, ele a queria por perto apenas quando tinha vontade, mas a deixava de lado, ela era acostumada a sentimentos verdadeiros, derramou muitas lágrimas com sentimentos frios e forçados. Seus novos amigos, só falam coisas fúteis, ela que sempre foi uma péssima bajuladora, escutava calada, apesar de tudo ter mudado, ela sentia que algo foi tomado dela, sentia falta da sua ex vida.
  Resolveu voltar atrás, procurou seus antigos amigos, estavam muito feridos pela traição, mas a aceitaram de volta, até porque quem ama perdoa. Voltou com suas calças básicas (agora bem mais enxuta), se ajeitou, mas percebeu que não precisava mudar quem ela era para agradar os outros, a ditadura da moda, não faria seus amigos, e  muito menos sua felicidade.

(história fictícia)

                                                                             Juliana Santiago

sábado, 2 de julho de 2011

Uma chave, dois caminhos.


Sinto como se tivesse uma chave que levasse a dois caminhos. Um ao paraíso, e o outro à destruição, como se fosse a conseqüência que você terá que levar por ter se apaixonado por mim, por estar em minhas mãos.

Seu reflexo discute em seu ser quem era ela, porque às vezes ela se sentia perdida, como se sua identidade estivesse sendo roubada a cada segundo que ela ocupava um lugar nesse mundo, por isso que ela tentava deixar um pouco de sua imagem nas cabeça das pessoas, conquistá-las e tomar o lugar mais seguro e intimo que alguém pode ter: o coração, para que fragmentos dela fossem deixados, uma garantia que ela não se perdesse, e se ela assim fizesse as pessoas saberiam retorná-la para o lugar, esse era o pretexto por detrás de suas ações, mas no fundo ela sabia que era puro ego, egoísmo.
Ela sabia como seduzir, encantar alguém, e ela gostava de se sentir assim, tão poderosa, tão atrativa.  Se sentia realizada por tal poder, mas às vezes se sentia culpada, por machucar corações que eram dedicados à ela, tal fardo que teria que levar por toda a vida.
Seu rosto impecável que atrai tanto olhares, mas que ali refletido naquele espelho era vazio, insípido e manchado pelos sentimentos sinceros que foi capaz de construir e destruir com a mesma facilidade.
Por vezes queria sentir que ainda existia um coração que pulsava em seu corpo, que se importava com as pessoas além de si mesma, ela se iludia que tinha.

Juliana Santiago

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Independência. Quantas vezes essa palavra passou na sua cabeça essa semana? Não ela em si, mas relativo à ela. A vontade de se ver livre de alguém, ou a ânsia de poder tomar as próprias decisões, a vontade de se ver como um pássaro fora da gaiola?
Sim, eu pensei essa semana, e não foi uma ou duas vezes, foram várias vezes. Independência tem varias facetas, cada um vê de alguma maneira. Para mim, é eu ter autonomia suficiente de tomar minhas próprias decisões, e de ter responsabilidade suficiente para arcar com as consequências. É ter um desejo de algo material e poder comprar, é sair e voltar quando quiser, é poder pensar sem ninguém me apressar, mas principalmente é ter liberdade de saber quem vai estar ao meu lado.


Juliana Santiago 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Alguns motivos pelos quais os homens gostam tanto das mulheres

1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2- O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro, nosso peito.
3- A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4- O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar
perfeito.
5- Como são encantadoras quando comem.
6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e
rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
11- O brilho nos olhos quando sorriem.
12- O jeito que tem de dizer 'Não vamos brigar mais, não..'
13- A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
14- O modo de nos beijarem quando dizemos 'eu te amo'.
15- Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
16- O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
17- O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
18- O jeitinho de dizerem 'estou com saudades'.
19- As saudades que sentimos delas.
20- A maneira que suas lágrimas tem de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.
                                                                              Arnaldo Jabor
Achei muito fofo o jeito que ele descreve as mulheres, de como ele diz coisas verdadeiras que nos fazem sentir tão especiais J

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Amor X Desamor

O ser humano busca continuamente ser feliz.  Existem várias fontes de satisfação e bem estar que geram a felicidade nas pessoas. Seja como for, apesar do que quer que conquiste, o ser humano busca e deseja, realmente, o Amor; almeja a sensação de ser amado e ser especial por quem sente que lhe é especial. 


Ter Amor na vida é estar de bem e satisfeito consigo mesmo; é viver num nível de bem estar emocional harmonioso. O desamor é justamente o contrário: é estar de mal e insatisfeito consigo mesmo; é viver num constante mal estar e desconforto emocional. E, por incrível que pareça, um dos sintomas do desamor é amar demais o outro.

O amor demais por alguém é fruto do amor de menos por si próprio. E amor de menos por si é desamor por si. É o sintoma de uma baixa auto-estima.


O desamor gera comportamento emocional voraz, existindo dentro de si como que um buraco negro de carência. E então, quando finalmente tem a oportunidade de se relacionar, jogam-se de cabeça sem medir as conseqüências de seus atos, estando extremamente sensibilizadas com a possibilidade de relacionar-se. E novamente decepcionam-se. 

Quando temos verdadeiramente o Amor em nossas vidas os problemas são (em maior ou menor grau) facilmente resolvíveis, pois estamos sob a égide do Amor por nós. Porque Amor e Amar são sinônimos de bem estar emocional, harmonia e felicidade!

Maria Aparecida, psicóloga e psicoterapeuta.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sobre essa tal de vida


A vida é tão curta, pode se esvair como um sopro apagando o fogo que incendeia uma vela. E a pergunta que levanto é: "O que você está fazendo da sua vida? Se hoje fosse seu último dia na terra, estaria satisfeito com tudo que fez?"
O ser humano procrastina muito, sempre com a mania de adiar tudo, palavras não ditas, abraços que foram deixados de lado por falta de tempo, sorrisos e até perdões que foram esqueçidos pelo tal de orgulho, monstro faminto e egoísta que nos priva de tanta felicidade.
Eu ando analisando muito sobre minha vida, muitas coisas estãoa contecendo, não comigo em especial, mas com as pessoas que estão ao meu redor, acidentes, mortes, tudo de uma vez só, e eu pensei: " O que EU estou fazendo com a minha vida? Eu estou fazendo a diferença? Ou sou apenas mas um ser humanso caminhando entre milhões sobre a escuridão da arrognacia e da falta de fé?"

Juliana Santiago


As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, as criam.
Bernard Shaw

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Você nunca estará só

- Ei mamãe acorda!
O pequeno Luís balançava sua mãe de um lado para o outro, pensando que a qualquer instante ela abriria os olhos o jogaria no ar e ririam juntos, como tantas vezes fizeram.
Nenhum sinal.
-Mãe! Mãe!
Ele começava a ficar preocupado, seu pequeno coração de um menino de oito anos, não entendia bem o que se passava, só via os adultos correndo de um lado para o outro, falando no celular, chorando, ele queria entender!
-Ela faleceu. Não faz muito tempo, estamos esperando a ambulância, o IML. Tudo bem, te aguardo, tchau.
Ele escutou seu tio ao celular, ele era pequeno mais ligou tudo na sua cabeça. Sabia que sua mãe estava doente, mas sempre que ele perguntava dela, ela respondia para que ele não se preocupasse que tudo ficaria bem.
E tudo estava bem?
Ele então entende. Não a balança mais, não fala, não grita, não reage. Apenas deita sua cabeça sobre seu peito e deixa que as lágrimas quentes percorressem seu corpo gélido.
Lembrou de uma conversa que ele tivera com ela, meses atrás. Quando ele subitamente perguntou:
-Mamãe, todo mundo tem um pai, cadê o meu?
-Eu já te expliquei filho, eu não sei onde ele esta, partiu quando você ainda era bebê.
Ele a abraça fortemente, como se nunca fosse deixa-la escapar.
-Eu só tenho você, não deixa eu ficar só.
-Você tem do seu lado o maior grandioso ser Jesus Cristo, mesmo que ninguém esteja por perto Ele sempre estará.
-Precisamos retira-lá. – seu tio fala subitamente, esquecendo da presença do menino, ele tinha se tornado insignificante no meio daquela confusão.
Ele vê as pessoas carregando sua mãe, levando-a para longe dele, sua dor era tão grande que ele não sabia exprimi-lá, apenas as lagrimas eram sua reação.
Alguém o abraça, de repente ele sente um calor, um consolo.
-Não se preocupe filho, você nunca estará só.
Ele não conhecia aquela voz, mas era tão familiar.
O ser o larga, ele olha para tentar reconhecer, vê apenas olhos azuis muito intensos abertos para ele, com um amor irrefreável, ele nunca tinha se sentido tão importante.
Sua tia o chama, ele olha para o lado, e vira novamente, não podia perder aquele olhar voltado para ele.
Sumiu. Ele procura em todos os lugares possíveis mas não encontra aquele ser. Ele sorri, e entende que sua mãe estava certa, ele nunca ficaria sozinho afinal.

                                                                                            Juliana Santiago

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Aprendendo a amar - Parte Final

(...)


Com o coração apaixonado Lucia queria estar todo tempo possível perto de seu amado, porém ela tentava não demonstrar essa vontade irrefreável. Ela o convidou para ir ao cinema, apesar de já ter visto todos os filmes em cartaz, ela só usava como um pretexto para tê-lo por perto, mas ele dissera que tinha trabalhos da escola atrasados, então ela se prontifica a ajuda-lo, porém ele diz que ela só o atrapalharia ainda mais.

Com a escusa, e o coração ferido pela rejeição ela aceita o convite de sua amiga para dar uma volta, afinal se ela ficasse em casa, a dor só se tornaria ainda mais insuportável. De repente enquanto ela anda distraída olhando as vitrines, sua amiga cutuca ela e pede para que ela olhe para o lado.

Seu coração salta, suas pernas enfraquecem, seus olhos não admitem presenciar aquela cena, Gabriel vinha em sua direção, mas dessa vez não vinha à seu encontro, os olhos de Lucia se direcionam as mãos entrelaçadas dele e de uma garota. Ele se assusta a vê-la parada ali, desmascarando sua falta de caráter, ela procura se manter forte mas as lágrimas rolam espessas por entre sua face, tudo que ela vivera até ali, o coração acelerado, a sensação de tudo estar completo, caiu como se o vale repleto de flores, estivesse sendo engolido por um grande precipício em que suas mãos não eram capazes de alcançar.

Ela recolhe sua dor, que parecia estar corroendo todo o seu ser. Ele estagna e não da mais nenhum passo, com os olhos cheios de lágrima ela se despede dele, e vira as costas correndo desesperada pelo corredor, ela procurava encontrar uma saída, uma fuga para aquele pesadelo, mas ela sabia que nenhum lugar seria capaz de amenizar sua dor, em sua inocência ela esperava que ele viesse à sua procura e tentasse consertar seus erros, mas ele não veio.

A única coisa que ela escutava eram os ecos do grito abafado pela tristeza de sua amiga, mas ela já estava distante, procurando respostas para as perguntas que acabara de se levantar. Demoraria um tempo para que Lucia olhasse para trás e essa lembrança não a machucasse mais, demoraria um tempo até que ela entendesse que no amor sempre tem algo a aprender e quando pensamos que desvendamos todos os seus mistérios as surpresas vem à tona.

“Não importa o quanto você tentou e deu errado, o quanto confiou e quebrou a cara. Quantas vezes você deu viagem perdida, não importa  se você teve que andar na chuva, muito menos as vezes que seu coração foi partido.
As coisas simplesmente acontecem! O importante é não se arrepender de nada, viver cada dia, arriscar e ter certeza que para cada lágrima que você derrama hoje, são duas gargalhadas de respirar o ar amanhã!
Algumas pessoas vão te amar pelo que você é, e outras te odiar pelo mesmo motivo...
Acostume-se a vida é assim mesmo! Mas nunca desista de ser feliz.”
  
                                                                                                                Juliana Santiago
Juliana Santiago

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Aprendendo a amar- parte III

(...)

Tudo ao seu redor parecia estar diferente. Sua alma se regozijava em uma alegria indescritível, a sensação de paz e preenchimento parecia dar forma a vida que até hoje parecia estar ausente de qualquer curva geométrica. Tudo mudara, mas Lúcia não sabia que aquele não era o fim, mas o começo das suas lições.
No dia do “encontro” ela estava exultante, passou dias planejando a roupa que  usaria, o cabelo, a maquiagem, tudo para estar impecável, as elaborações de fala também eram comuns.
Ele a esperava perto da fila do cinema, quando ela o mirou tudo parecia ter ficado bem, a apreensão caiu por terra, e a sensação de paz veio à tona, apesar do nervosismo culminante.
-Oi. – ele responde com um sorriso brilhante, cumprimentando-a com um beijo no rosto.
-Oi. – ela cora com essa simples saudação, ele nem elogia todo o trabalho que Lúcia tivera para parecer perfeita, mas ela procura não se abalar com isso.
-Que filme você quer ver? – ele pergunta.
-Estreou um agora, “memórias de uma vida eterna”, me disseram que é muito bom!
Ele parece nem dar ouvidos a sua opinião, e olha para o grande cartaz que se estendia a sua frente.
-Adoro filme de terror, vamos ver “Os mortos renascidos”. Tudo bem para você?
Ela aceno positivamente, sabia que sua resposta não valeria nada.
Compraram os ingressos e entraram na sala escura. Ela odiava filme de terror, mas para não desapontá-lo aguentou cada minuto de tortura.
Quando saíra do cinema ele só falava do quanto o filme era emocionante, ela sorria fingindo estar interessada pelo assunto mas a verdade é que não estava nem um pouco empolgada, e quando finalmente mudaram de assunto ele só falava sobre ele mesmo, como se o mundo girasse ao seu redor.
Quando ela pensei que o fiasco do encontro não tinha salvação tudo pareceu ter mudado. Sentados em um banco em uma parte pouco movimentada do shopping. Ele a olhou, segurou sua nuca e a beijou. Aquele toque que fez seu coração ressaltar e enterrar todos os aborrecimentos.
Depois daquele dia, pareciam ainda mais próximos e ela cada vez mais apaixonada, não sabia que precisava controlar seus sentimentos, para que eles não a controlassem.
Só havia pequenos incômodos, quando estavam a sós, tudo era perfeito mas quando estavam em público ele a evitava, isso a machucava, mas ela desprezava com medo de perdê-lo.
(...)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aprendendo a amar - Parte 2

O seu sonho se idealizara, não da forma que tantas vezes havia passado em sua mente fértil, mas só de estar ao seu lado, ela se sentia totalmente completa, como se sua presença fizesse sua vida valer à pena, estranho essa sensação de dependência que se passava em seu interior, mas ela não se importava, tentava ignorar se concentrando apenas no presente, aquele momento em que para ela se tornava mágico como se aquelas cenas de romance que ela via em todos os lugares estivesse aconteçendo com ela.
-Oi.- ele fala ao sentar ao seu lado, aquelas duas letras coraram suas têmporas alvas.
-Olá.- ela responde timida com a cabeça baixa.
-Tem alguma ideia de como começar? 
Aquela era sua matéria preferida, mas de repente tudo sumiu de sua mente, ficou confuso. Ela levanta timidamente o olhar e fica de encontro ao seu, te-lô tão perto retirava todas as suas defesas, ela não consegue manter o olhar fixo por muito tempo e logo abaixa vacilando a pose confiante que tantas vezes ela treinara no espelho.
O tempo de aula passou, eles discutiram ideias, dividiram os assuntos, mas a maior parte do tempo ela apenas balançava a cabeça confirmando porque seu pensamento estava direcionado a apenas num ponto, com fantasias e pensamentos ilusionários, mas que ela pensava que poderiam se tornar real, já que a sorte parecia estar ao seu lado. 
O sino toca, ele se levanta, menciona ir embora, ela não poderia deixar a oportunidade escapar por suas mãos, então compulsivamente fala uma palavra, sem pensar no que falaria depois:
-Gabriel!
Ele vira, e para esperando o resto.
-Hãm... - ela procura elaborar algo útil para falar. - Você quer ir qualquer dia desses para o cinema? Estreiou um filme ótimo...
Ele hesita, ela espera ansiosa sua resposta.
-Tudo bem, a gente pode ir, só marcar.
Ela sorri exultante, dessa vez não consegue disfarçar. Ele sorri se divertindo de como ela ficava perto de sua presença, seu ego inflava.
-Então tá, até mais.
Ele sai em direção a porta, ela tenta voltar ao chão, aquela sensação que se infiltrava em seu peito, causava um sentimento novo, entusiasmante, como se quisesse pulasse de seu ser, e ela segurasse para se manter ali, junto a ela.

(continua..)                                                                                   Juliana Santiago

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aprendendo a amar

 Ele passava ao seu lado, ela abaixava o olhar, não conseguia competir com tal prepotência. O ar se extinguia, os batimentos se alteravam, o que seria aquilo amor? Isso que ela tanto ouvia nas músicas, nas pessoas, aquilo que ela pensava que nunca sentiria. 
 As mudanças que ela estava passando eram muito rápidas, quase não dava para acompanhar, sua cabeça dava giros e giros, tentando encaixar as novas informações o mundo novo em que ela entrava sem autorizar, que saudades do tempo em que brincar de boneca não era piada, em que ela levava sua mochila de carrinho da barbie escorregar rápida sobre os corredores da escola, nos  tempos em que o universo era divido em dois genêros: meninos e meninas em que ela parecia viver sem a presença deles, ela achava os meninos tão chatos e estranhos, via os beijos nos filmes e achava nojento, agora era tudo diferente...
 Ela sonhava acordada com aquele que ela mais odiava no colegial, ele estudava com ela desde pequeno, mas ela nunca tinha o observado realmente, alguma coisa a atraia, ela só não sabia dizer o quê, devia ser aqueles tais de hormônios que as pessoas sempre culpavam na adolescência, as coisas que antes eram repulsivas se tornaram atrativas, como isso pode ser real?
 Ela jogou seus ursinhos, encheu o quarto de enfeites de moçinha, escrevia no seu diário tudo que ela sentia, tentando se entender, se encaixar naquele mundo em que ela se via como uma intrusa, elaborava planos para ser feliz ao lado dele, a única pessoa a quem ela tinha olhos, que fazia com que seu corpo respondesse de uma maneira estranha, ela até gostava daqueles pulinhos que seu coração dava, ela se sentia viva.
 Se arrumava, e procurava chamar a atenção dele, uma coisa ela descobriu nesse tempo: para chamar a atenção ela precisa ser: bonita ou rica, como ela não era rica, tentava ficar bonita. 
 Em uma manhã o professor decide fazer trabalho em dupla, mas ele que escolhia, e de repente, dois nomes saem de forma inusitada de sua boca:
-Lucia e Gabriel, vocês vão apresentar sobre as transformações da matéria.
 Ela sorri, fica eufórica, mas tenta se conter, ele procura sua parecira de trabalho e caminha em sua direção sem ânimo, os planos para agir qaundo ficasse perto dele passavam frenéticos na sua cabeça, mas ela ainda não aprenderá que esse é um tipo de coisa que não se deve planejar, tem que deixar aconteçer.
  
                        Continua (...)

domingo, 8 de maio de 2011

Homenagem às mães



Ela sentia dia após dia, aquele ser crescendo dentro de seu corpo, ele já fazia parte dela, de vez em quando ele incomodava, pesava, fazia com que ela se sentisse enjoada, mas quando ela olhava para o seu ventre, e o via ali tão quietinho, ela sorria, e idealizava toda uma vida ao seu lado, o amor era tão grande que ela não conseguia exprimir em palavras.
As dores começaram, finalmente ela poderia ver seu rostinho, abraçá-lo, ela ansiava por esse momento há muito tempo. Apesar das dores e de tudo que ela passava, ela não se importava, aguentaria tudo para proteger aquele ser.
1,2,3, empurra. – o médico falava enquanto ela gastava as últimas energias que restava em seu corpo.
Depois de muito esforço, ele saiu, seu choro ecoava por toda a sala do hospital, ela pegou em seus braços, o abraçou, e uma lágrima de felicidade escorreu pelos olhos dela, diante daquela cena ele parou de chorar, olhou para ela com ternura, ele finalmente conheceu a dona do infindável amor que ele sempre sentia, seus dedinhos apertaram o dedo de sua mãe, como se nunca mais quisesse deixá-la.
-Samuel, esse vai ser seu nome. – ela fala sorrindo. – Que Deus me conceda sabedoria para te guiar nos caminhos da verdade, que eu compreenda você, que eu seja sua amiga, que você sempre entenda que eu quero melhor para você.
Ela beija sua testinha e sorri. Aquilo era ser mãe, era amar incondicionalmente, aquele sentimento que crescia dia após dia, em cada gesto, palavra, abraço. Ela sabia que o caminho era árduo, ser mãe é dar o melhor de si, sem esperar nada em troca, é ser paciente, ter sabedoria em falar as palavras certas, e não deixar que os momentos difíceis apaguem de sua memória e coração, aquele primeiro amor.

Mãe é uma dadiva de Deus. Agradeço a Deus por ter colocado em nossas vidas alguém tão especial. Parabéns a todas vocês mães por esse infinito amor e por esse imenso valor que representa a nós, seus filhos.
                                                                        
                                     Feliz dia das mães!

                                                                                                    Juliana Santiago