terça-feira, 27 de julho de 2010

Destino ou Coincidência?


"Segue o teu destino...
Rega as tuas plantas; 
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
de árvores alheias"
"A quatro mãos escrevemos o roteiro para o palco de meu tempo: o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério."
 AméliaThurman estava em direção a uma reunião importante, estava atordoada por ter perdido o horário (justo naquele dia seu despertador tinha quebrado) para completar, nenhum taxi parava ao seu sinal, cansada de insistir ela decidiu pegar um trem (transporte que particularmente ela odiava).Chegou à estação mais próxima, mas por alguns segundos ela perdeu o que levaria ao seu destino, inconformada ela esbravejava e perguntava por que aquilo tinha acontecido a ela.


Um homem alto e robusto que estava ao seu lado (mas que ela não tinha percebido, porque estava ocupada demais com suas preocupações) perguntou o horário, estressada ela o informou sem olhar para a face do sujeito, finalmente seu metro chegou, com as cadeiras cheias só restaram dois lugares vagos, ela pegou o da janela e o “homem das horas” sentou ao seu lado. Na viagem ela pegou o seu livro preferido e começou a folheá-lo como se as paginas fossem sugar seu estresse, o homem comentou como ele admirava o autor, interessada ela virou para observá-lo, e percebeu que ele causava certo desconforto com seu charme explicito, como a maneira que seus olhos azuis escarlates conseguiam penetrar no mais fundo de sua alma, como se ele fosse o refugio para as suas frustrações. Os dois passaram a viagem toda conversando com assuntos empolgantes para ambos, e a cada palavra dita ela se encantava ainda mais com aquele incrível ser. Ela chegou ao seu destino, apressada ela sai do ônibus e depois de um tempo percebe que nem perguntou seu nome, mas já era tarde demais. Ele seria apenas o homem legal que sentara ao seu lado em uma viagem.


Alguns dias se passaram e seu telefone tocou.


-Amélia Thurman?- uma voz aveludada e prepotente soou da outra linha.


-Ela mesma.


-Sou o homem do ônibus, você saiu apressada e esqueceu seu livro comigo, e atrás tinha um cartão corporativo que informava seu número


-Oh! Verdade. E agora como eu faço para pegar?- um sorriso triunfante pousou sobre seus lábios, ele retornará a sua vida.


-Vamos tomar um café, assim eu o devolvo e podemos conversar melhor. – sua voz sedutora não admitiria um não como resposta.


-Adoraria!  A propósito como é o seu nome?- ela não cometeria o mesmo erro pela segunda vez.


-Kennedy Martin, ás suas ordens.


Se... O despertador não tivesse quebrado, os taxis tivessem parado ao seu sinal, Amélia não tivesse tido a idéia de pegar o ônibus, ela chegasse a tempo para ir no anterior, ela não tivesse com relógio e ele não tivesse perguntado ás horas, as cadeiras não estivesse todas cheias e ele não tivesse sentado do seu lado, ela não gostasse do mesmo livro que ele, e por fim se dentro do livro não tivesse seu cartão, hoje eles não estariam casados há mais de 30 anos, e Amélia não teria encontrado o amor de sua vida, nem Keneddy o dele.


Destino ou coincidência? Talvez um pouco dos dois, mas não são muitas coincidências? Ou realmente os destinos deles já estavam traçados? Isso eu não sei, essa pergunta sempre ficaram em aberto, mas no fundo sempre acreditamos que tudo dará certo no final porque nosso destino fará as coisas acontecerem, ou que as coincidências vêm em uma boa hora e por um único propósito. Apesar de tudo, ainda fico na hipótese que meu destino é traçado por Deus, mas eu que faço as escolhas para que eles realmente possam se concretizar. E se... Amélia visse que estava atrasada e resolvesse não ir ao trabalho? As coincidências ou o destino (como acharem melhor) não iam cumprir seu papel. O se... Sempre ficará, e essa pergunta também.


                  


                                     -Juliana Santiago.



(Historia fictícia, mas que em alguma parte do mundo pode ser real, ou quem sabe acontecer com você um dia.)

sábado, 24 de julho de 2010


  Os pulsos alterados a tal ponto que pensei que meu coração não resistiria à tamanha pressão. Sua presença tinha um efeito devastador em minha sanidade, era uma linha tênue entre a razão e a loucura, como isso e possível? Não sei, mas ele tinha a capacidade de causar isso em mim.
     Meus pés tocavam ao chão indo em direção a minha própria cova, a minha própria dor, mas ele era um bom motivo para morrer, uma boa causa para deixar esse mundo.
     Suas mãos gélidas tocaram a minha, causando certo desconforto por te-lo ali tão perto. Seus olhos me fitavam curiosos, indecifráveis e belos. Sua expressão se comprimia em um afago, apesar dele manter a calma.
 -Me desculpe, eu não te amo. - as frases saíram organizadas de sua boca, mas faziam um tumulto dentro da minha cabeça, meu corpo se esvaiu, meu motivo de viver também.
   -Mas eu pensava que você gostava de mim, como eu gosto de você. - as palavras saiam engatadas de minha garganta, tentando convencê-lo de algo que não era verdade.
   -Você é minha amiga, por favor não confunda as coisas. - impaciente ele cravava um punhal no meu peito, todas as expectativas, emoções e planos que eu tinha criado iam caindo em um abismo, junto com meus sentimentos. Seus lábios frios e macios tocaram delicadamente minha testa, sua forma de dizer adeus. Sem nenhuma palavra de conforto ele me deixava sozinha, perdida em meus devaneios e emoções que agora estavam em pedaços. Sua costa viradas e seus passos seguindo uma direção diferente da minha era doloroso, meu veneno tinha ido embora, e meu antídoto também, porque só ele aliviava minhas dores, mas ele era o principal motivo de todas elas.
  Me envolvi sem querer, fui me deixar levar, quando percebi estava em um caminho sem volta. Mas percorrer um pedaço de caminho, não é o mesmo que tomar um caminho errado, eu estava pronta para retornar esse caminho com as forças que ele ainda tinha deixado intactas dentro de minha alma.

                                                                                              -Juliana Santiago
                                

terça-feira, 20 de julho de 2010

A injustiça do ser


Era uma sexta-feira, o sol já se deleitava no céu azul, a campanha da escola soou os alunos alvoroçados saíram de suas salas, eu arrumei meu matéria esperando que a tranqüilidade predominasse sobre o local. Meus pés tocaram o corredor, com os olhos voltados para o chão não percebi a presença dele.
-Oi- ele fala repentinamente. Outrora eu estaria com o coração alvoroçado, mas agora ele não me causava nenhuma emoção, apenas a felicidade dele ser o autor das minhas mudanças positivas.
-Oi - respondo casualmente. Seus cabelos bem arrumados em contraste com sua farda alvíssima causavam certo desconforto.
-Vamos dar uma volta? – sua voz sedutora recai sobre meus ouvidos, me contenho para não aceitar o convite. A repreensão dele no passado por causa do meu corpo voltou à tona instantaneamente fazendo com que eu sentisse pena por seu vazio e falta de valorização ao que realmente importa nessa vida- o caráter humano.
-Obrigada. - respondo sincera, mas meu agradecimento era por um motivo maior.
-Pelo que? – ele pergunta confuso.
-Por mudar minha vida...- sem fleuma saio de sua presença deixando-o atônito por minha inesperada resposta, um sorriso de contentamento brotou de meus lábios enquanto o deixava para trás, repetindo o que ele fez comigo.
Percebi o quanto perdemos por desprezar alguém por seus atributos físicos, por condenar através da ditadura da beleza regida pela sociedade. Eu mudei não para me encaixar nessas regras, nem para me vingar dele, eu mudei para me sentir melhor sem deixar que a beleza ofusque minhas qualidades. De repente a frase que mudou minha vida veio à tona, repeti ela baixinho enquanto andava no corredor em direção oposta a ele: “ A beleza atrai, mas são as qualidades que mantêm essa atração”.

Juliana Santiago



(Essa historia é baseada em fatos reais, acontecidos na minha vida.)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A menina que não queria amar...


Existia uma menina que acreditava no amor, sonhava que tudo teria um feliz para sempre.

 Mas a vida nem sempre é o conto de fadas que queremos, ela aprendeu da pior maneira que quando se entrega verdadeiramente para o amor a única coisa que recebemos em troca são pedradas lembrando que e melhor agir com a razão do que com a emoção.

Inúmeros rapazes passaram em sua vida sempre deixando marcas em todo seu coração, ate que um dia ela falou: - Chega! Agora não amarei mais ninguém!

Ela aprendeu a manipular as pessoas, a conquistá-las e depois destroçar seus sentimentos, assim como tinham feito com ela inúmeras vezes. Quando ela se aproximava de pessoas que ela realmente podia se apaixonar ela simplesmente se afastava, era a maneira dela se proteger contra a dor. Mas de que vale uma vida sem o amor, mesmo que ele traga algumas conseqüências ruins? Só o amor nos deixa vivos e nos diferencia de qualquer máquina projetada, só ele faz com que o sangue quente que pulsa sobre nossas veias tem alguma razão para estar ali.

A menina ainda não aprendeu que amar e ser amada  é a melhor coisa do mundo e que não  é porque a vida a decepcionou varias vezes que ela não pode ser feliz. A vida é um aprendizado e são essas marcas dolorosas que nos fazem ser fortes!
Ela engana a si mesmo, porque ela ja vem com o amor pulsando por seu corpo mesmo que ela queira renegar esse sentimento, torço para que ela aprenda que o arriscar é uma das melhores coisas do mundo, e amar sem esperar nada em troca 
é a forma mais sublime de viver!

   P.S:;Dedicado a garota que me deu inspiração a esse post. Eu te amo, e essa frase é a mais real que posso lhe oferecer.

                                                                 Juliana Santiago 

Ao correr da pena.,..


(...) Há enfim uma espécie de flor que é tão rara como a tulipa negra de Alexandre dumas, como o cravo azul de Jean Jacques, como o cristenio  azul de George Sond. É a flor da vida, este sonho dourado, este puro ideal que todos aspiram e de que tão poucos gozam.
Porque a flor da vida apenas vive um dia, como as rosas da manha que a brisa de tarde desfolha. E quando murcha, deixa dentro d’alma os seus perfumes, que são essas recordações queridas que nos sorriem ainda nos tempos de existência. (...)
-Jose de Alencar.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Impaciência

Quem nunca bufou de raiva por estar numa fila que atire a primeira pedra!  Desde pequenos queremos ser mais do que somos, estamos no ventre e queremos ver a luz do mundo, no colo da mãe queremos ir pro chão, quando vamos pro chão e engatinhamos queremos logo aprender a andar e levamos vários tombos por causa disso, mas quando estamos centrados em um objetivo nem sentimos a dor.
Quando eu estava no ensino fundamental morria de inveja da minha irmã que estava no médio (como se aquilo fosse o melhor lugar do mundo),  quando enfim cheguei no ensino médio percebi que nem tudo é contos de fadas e já quero a faculdade! 

O ser humano tem mania de querer andar na frente da carruagem, mas fazer o quê? Somos assim... Impacientes! 
Quero ser logo independente ter meu dinheiro, não precisar dar satisfações a ninguém, mas eu sei que quando estiver tudo isso vou ter saudades do tempo de dependência em que não se preocupava com nada além de tirar boas notas e estar sempre bonita para os paqueras... 
E sei que vou lidar com isso pro resto da vida: a impaciência de querer ser mais do que já sou, ter mais do que tenho e agarrar o mundo com as duas mãos...

- Meu livro


Hoje desperte de um sonho. Esse mesmo sonho me deu forças para juntar os cacos que joguei com minhas palavras tolas e mentirosas, eu tentei enganar a mim mesma e descobri que isso é impossível. Olhei do alto e percebi a insignificância que compreendo neste vasto mundo e a importância que exerço sobre aqueles que me amam e a facilidade que se tem de destruir esses laços que me tornam viva. Eu menti, dise que essa pessoas nuncam iam me fazer chorar, que não tinham importância para mim como eu tenho para elas, eu falei para me convencer que eu não me importo em ver tudo terminar. Esse sonho mostrou o que eu perdi ao não arriscar minhas palavras e atitudes. Um jovem sábio me dise uma vez: Não é por que a vida te decepcionou várias vezes que você não pode ser feliz. E eu complemento essa frase dizendo que nós trilhamos nossa própria história, construímos a ponte para o nosso destino, então só aceitamos o futuro que nós próprios queremos...

Ɽαiɲhα do DⱤαmα- poJuliαɲα Sαntiαgo

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Insignificância



O ser humano é o ser mais soberbo que existe. Se ele tem muito logo acha que é mais importante que os outros, se ele nada tem logo se menospreza. Se acha grande, mas se for comparado com o espaço se torna apenas uma partícula ridiculamente insignificante.
Julga pela roupa, pela atitude, pela raça, cor ou classe social, julga ao menos sem conheçer, mas talvez essa pessoa desprezada seja melhor do que muitos que estão com roupas de marca e desfilam como donos do mundo.
Como diz a bíblia: Do pó vieste e para o pó retornaras. O que adiante passar toda a vida procurando agradar as pessoas, juntando riquezas, sem cultivar os verdadeiros amigos, não saber o que é o amor, não dar risadas bobas, tirar foto sem motivo, fazer a sua mania por mais bizarra que seja? Afinal todos nos temos algo estranho no nosso interior. Deixemos nossa hipocrisia de lado, vamos rir das coisas fúteis, com as pessoas evitadas, conheçer novas possibilidadades.
Afinal, todos somos do mesmo tamanho e significância se vistos do céu.