Todo dia era uma alegria ela se tornar uma nova pessoa, uma bailarina.
Mas essa mesma alegria também definhava suas esperanças de um final feliz. Ela
podia lembrar em flashes daquele sorriso dado por sua mãe de quando ela deu o
primeiro passo de dança, aquele olhar de orgulho que fazia com que ela
acreditasse em si mesma.
O corpo de sua mãe conseguia transmitir com movimento a mais bela das
obras de arte, ela olhava atentamente cada passo, pensando se um dia poderia
ser tão boa quanto. A caixa embrulhada com um papel delicado rosa, estava ali
guardada como se nunca tivesse sido mexida, apesar de já ter sido tocado
diversas vezes e molhada pelas incansáveis lagrimas da pequena dançarina.
Apesar do tempo que aquele episódio aconteceu ela lembrava cada detalhe,
como se sua memória, fizesse questão de guardar sua maior dor, mas também seu
maior incentivo para viver.
A noite de inverno se fazia presente, véspera de seu aniversario,
animada ela não parava de falar, como se a velhice fosse o maior dos presentes,
ela estaria prestes a completar 8 anos, mas ela era diferente, sua mãe soube
disso desde o primeiro dia que a pegou no colo.
Nos dias frios a pequena bailarina ocupava o lugar do pai que nunca vira
sonhando que acordaria com os dois ao seu lado a protegendo de qualquer dor,
como uma família.
Sua casa humilde nunca foi motivos para ela não sonhar, pelo contrário
impulsionava sua vontade de vencer na vida. Vivia fazendo planos do que faria
com o dinheiro que ganharia fazendo shows pelo mundo, apesar de sua mãe saber
que isso era quase impossível, sorria ao pensar que sua filha podia ter um
futuro melhor.
Gritos de dor ecoavam na pequena casa, ver sua mãe sofrer era a pior das
dores. Sua mãe já estava doente há algum tempo, seu corpo debilitado, já não
conseguia se mover com tanta maestria no ritmo da dança... Eram apenas memórias
de seu tempo de gloria, no tempo que ela sonhava o mesmo que a filha.
Oi leitores, escrevi essa historia e resolvi dividi-la em
duas partes para não ficar muito grande. Espero que vocês gostem, sinceramente
quando meus dedos percorriam ansiosos as teclas do computador, eu podia sentir
os personagens criando vida, essa história em especial me emocionou
profundamente, espero que eu tenha conseguido passar essa mesma sensação para
vocês. Bjus e até a segunda parte. ;*
Sabe que eu adoro o modo como você escreve, ne? E já gostei desse, falando de balé (eu queria ter feito :x)
ResponderExcluirEspero a segunda parte. Tá linda a história, Ju.
;*
eu estou amando essa história..
ResponderExcluirdá até pra visualizar as cenas na mente..
beijos moça
http://zonzobulando.blogspot.com/
adorei este texto... vou ler seus post para entender mais sobre a historia que voce está contando...
ResponderExcluirobrigadão pela visitinha que voce fez em meu blog... bjsssssss