sábado, 30 de outubro de 2010

Chapter XV

                                                    ***
   A brisa entrava pelas aberturas que ficavam no alto do refeitório, o vento veio tão forte que fez meus cabelos esvoaçarem em meu rosto, nada ia me deter, meu pulso estava fechado e meus pés tremiam de raiva sob o chão, todo o refeitório morreu para mim apesar de o som de encorajamento e agitação de alunos fosse nítida para os meus ouvidos nenhuma emoção era transmitida, porque eu só conseguia ouvir o meu coração que batia freneticamente, a sala ia diminuindo de tamanho a cada passo que eu dava em direção a ela. 

    Viviane estava assustada, era um triunfo ver o seu rosto que antes estava tão determinado a acabar com a minha imagem estar congelado e paralisado de medo, mas a raiva era tanta que eu só tinha um objetivo em mente e nada iria parar com ele, nada exceto uma coisa.
...
  -Só que eu não sou todo mundo. - falo olhando em seus olhos amedrontando-a, minha mão direita já esta suada por tanto tempo que a mantive fechada, o meu suor pinga no chão e o clima se mantém tenso ninguém mais interveio em nossa briga, acho que entenderam que eu agüentei por muito tempo calada, eu era a vila dessa vez e isso produzia uma sensação de poder e êxtase.
...
  Eu repetia em um ritmo frenético e inseguro, sua mão continuava prendendo o meu pulso, ele me olhava gentilmente e com a outra mão acariciava as minhas bochechas e o toque dele fazia meu sangue ferver por baixo da minha pele, reaviva meu coração apesar dele ter destruído há minutos atrás. Ele tinha se tornado o veneno que trucidava o meu corpo e o único antídoto para neutralizar esse veneno.


p.s: vou postar capítulos aleatórios do livro. Bjus ;*


                                                      Juliana Santiago

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Desafio dos sete


O jogo é assim: respondo as sete perguntas que são realmente um desafio, mas é bem divertido. Fui indicada pela Laura Vanessa do blog Ausência ou falta de sentimentos.  Então vamos lá!
7 coisas que tenho que fazer antes de morrer:
-Pular de pára-quedas,
-Viajar pelo mundo,
-Encontrar o amor da minha vida,
-Publicar meu livro,
-Passar minha lua-de-mel em Fernando de Noronha,
-Ser entrevistada,
-Aprender algum instrumento musical.

7 coisas que mais digo:
-Adoro!
-Ops! Você está ai...
-Mana (o),
-Véio (gíria de velho),
-Perdeu o juízo?
-Perdeu a noção do perigo? :D
-Entendes?

7 coisas que faço bem:

-Ser ouvinte,
-Dar conselhos amorosos,
-Fazer sobremesas,
-Desenhar,
-Escrever,
-Beijar (é o que dizem) :P
-Estudar matérias decorativas.

7 defeitos meus:
-Ansiedade,
-Impaciência de estudar matérias que envolvam cálculos,
-Me apegar fácil a coisas e pessoas (às vezes é um defeito),
-Não saber esperar,
-Implicar com meus amigos,
-Ser esnobe de vez em quando,
-Odeio ser questionada e ouvir um não.

7 coisas que eu amo:
-Deus,
-Meus cavalos,
-Família e amigos,
-Ser elogiada,
-Sobremesa,
-Ficar sozinha em casa,
-Passear.

7 qualidades:
-Inteligente,
-Muito amiga,
-Romântica (é qualidade certo?),
-Dedicação a tudo que faço,
-Perfeccionista,
-Adaptação a qualquer ocasião ou lugar,
-Carisma.

7 pessoas para fazerem o jogo do sete:
Jakeline Magna do  Blog Jakeline Magna
Evelin Pinheiro do blog  ♥ Eve...simples assim!! ♥ 
Dreisse Drielle do blog Sonhos e Silêncio
Lorena Prazeres do blog  Infinito Particular. 
Viithória Meendes do blog  Meniina Modernaa
Luís Augusto do blog Sobre eu e você
Giordano Bruno do blog Ideias & Antíteses  

Espero que tenham gostado das respostas, e fica a critério os donos dos blogs fazerem ou não a brincadeira, mas é bem divertida. bjus ;*




terça-feira, 26 de outubro de 2010

Recomeço de uma história sem fim


As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.


                                                       -Mário Quintana



-Cara, você não tem noção mesmo de tudo que eu sacrifiquei para estar do seu lado?- Marina tinha seu próprio jeito de amar, diferente e bruto, mas nem por isso menos verdadeiro. – Eu nunca fiz questão de estar mais que alguns meses com alguém e com você eu estou há dois anos!
-Eu sei gata, eu também gostei de estar muito ao seu lado, mas agora eu quero seguir minha vida. – Rogério era ainda menos insensível, ele decidia e pronto.
-E por quê? Eu fiz algo de errado?- ela estava confusa tentava procurar algum erro em sua trajetória de relacionamento, mas ela ainda não tinha aprendido que nem tudo é nossa culpa?
-Nada amor! Você foi a melhor coisa que me aconteceu esses tempos, mas eu quero viver tudo que eu perdi, me desculpe Máh, eu nunca quis te ver sofrer mas eu não posso renegar minhas vontades para fazê-la feliz se eu  não vou ser.
-Tudo bem, se é assim que você quer.-  sua frieza era monstra, ela queria demonstrar que aquilo não afetaria sua vida, mas ela enganava os outros porque por dentro ela estava morrendo. Ele dá o ultimo beijo, daqueles que fazem uma vida inteira valer á pena, sai porta a fora com a promessa de nunca mais voltar atrás, ela senta no sofá e procura algum motivo para viver, não encontra. Mas apesar da dor, ela ficaria bem, lutaria para que isso acontecesse, com seu jeito bruto de gostar de alguém, ela não se lamentava porque tudo que ela queria ter feito ela fez, não deixou nada para depois, com esse pensamento um sorriso brota em seus lábios apesar dessa não ser a atitude de uma pessoa normal, mas tudo bem, ela não seguia esse parâmetro.
                                                                                                    
                                                                                         Juliana Santiago

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Chapter IX


 "Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz?"
   -Mário Quintana







A tensão aumentava descontroladamente à medida que eu me aproximava do nosso destino, ao meu lado ele estava sereno, concentrado no volante, nesse momento ele não estava apto para perceber meu pânico. Em nossa frente estava uma rua larga repleta de carros, desde populares há luxuosos. A vizinhança refletia o estilo de casa praiano, um bairro típico de classe alta, o som alto e a energia de vários jovens refletiam-se em uma casa robusta e de alto bom gosto, deduzi que era o local da festa.
...
Em resposta à informação inesperada o meu coração pulsou freneticamente por baixo de minha blusa branca, minhas mãos começaram a suar, não entendi a reação de nervosismo e perigo no meu corpo, mas ao entrar na grande casa branca senti que algo estaria para acontecer em breve, e minhas sensações quase nunca se enganam.
...
Meus olhos foram fechando lentamente, a idéia da morte se tornou até reconfortante, eu não sentia medo, apenas um receio de abandonar as pessoas que eu amo e por algumas palavras não terem saído de minha boca enquanto tive a oportunidade, a vontade de ver os rostos de meus pais novamente nem que fosse pela última vez era meu ultimo desejo, a única saída para partir daquele mundo em paz. 

p.s:Estou com uma dúvida cruel. O livro tem mais de 20 capitulos, vcs querem que eu continue postando do jeito que estou fazendo, de maneira ordenada, ou de maneira aleatoria só os selecionados para que não fique muito cansativo? Me ajudem, aqui vocês dizem o que querem ler. bjus ;*

                                                                       Juliana Santiago

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O tempo não apaga...

"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo."
( Mário Quintana )

Dizem que o tempo é a cura para tudo, discordo, ele ameniza, mas não apaga. Mesmo que eu viva a eternidade, presa a esse frenético ritmo dos ponteiros, os anos, horas e segundos seriam apenas mais tempo de minha vida pensando em você. O tempo não apaga...
O seu toque delicado em minha pele, o sussurro quente ao meu ouvido quando dizia que me amava, os dias frios que me encolhia na cama e o seu calor confortava até minha alma. Nas vezes que com raiva batia em seu peito dizendo que o odiava que queria que você fosse embora e ao momento que com a calmaria reunida em uma só ação, você pegava em minhas mãos furiosas, sorria dissipando minha raiva dizendo que tudo ficaria bem, não se importando se eu o tinha machucado, deixava que minhas lágrimas cessassem no seu colo.
Esse mesmo tempo que faz com que eu tenha certeza do meu verdadeiro sentimento, me tortura relembrando que agora você se encontra nos braços de outro alguém, que o toque, os beijos, as brincadeiras irritantes pertencem à outra mulher.
O tempo não apaga... Mas enquanto eu estiver viva lutarei para que as lembranças boas sirvam de consolo que um dia fui feliz ao seu lado.

 Juliana Santiago


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Chapter III

Percebendo que nada poderia fazer a respeito andei em direção a suíte, abri a torneira da banheira e aqueci a temperatura da água, quando finalmente encostei minha cabeça na banheira os mais variados pensamentos a rodavam, dúvidas, medos e reprises de tudo que tinha acontecido naquela manhã. Em que eu estou me metendo? Já devia ter aprendido que garotas como eu não podem se envolver amorosamente com alguém, por que alguém sempre se fere, o amor tem um preço alto a ser pago e eu não sabia se eu estava disposta a pagar esse preço, não quando eu pago e preciso abandonar o meu sacrifício. Nesse minuto eu quis ficar na banheira e nunca mais sair dali. Por que eu simplesmente não me afasto das pessoas e vivo a minha vida? Meu coração já tinha sido despedaçado muitas vezes e não queria que as últimas partes que ainda continuavam vivas fossem assassinadas por rebeldia de ser feliz, ou melhor, de fazer outra pessoa feliz. Minhas forças já estavam se esgotando e eu precisava poupar tudo o que restava para aquilo que realmente importavam na minha vida, como meus estudos. O amor já não fazia sentido era um sentimento turvo, difícil de explicar, arrebatador e que não era vantajoso em troca de tanta perda.
...
E estranhamente eu queria que ele permanecesse ali, eu não estava me afastando de possíveis sofrimentos, eu estava me aproximando da dor, a tristeza começava a ser sedutora, a aproximação sincera com outras pessoas começavam a ser mais fáceis e eu já começava a pensar que existem amizades que não me trairiam como eu já estava acostumada.

                                              
Juliana Santiago

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Rainha do Drama - Chapter II


Meus olhos arregalaram ao analisar a situação que eu estaria prestes a passar, meus poros começaram a emitir um suor frio e tenso, e eu já não conseguia manter a calma, toda a minha calma obtida com a conversa minutos atrás com Victor foram sugadas por um turbilhão de ansiedade e incerteza. O olhar dele atravessava as menores partículas de ar, podia sentir a respiração ofegante que ele emitia, sentia que olhares hostis se direcionavam da mesa para mim, mas eu não me importei com nenhuma deles, minha maior atenção já estava tomada por alguém em especial, um ser que despertou minha curiosidade, e os estragos já eram irreversíveis. Meus pés iam em direção a minha cova, mas eles flutuavam pelo chão com tanta vontade que pareciam apreciar a morte. O olhar que ofuscava a minha sanidade e despertava em mim o mais alto grau de curiosidade era pela estranha sensação que Guilherme transmitia, ele estava sentado em algumas mesas distante da minha junto com algumas pessoas que pareciam ser seus amigos, nossos olhares se intensificavam a cada passo que eu dava “em sua direção”. Mas toda a alegria foi tomada por um olhar hostil que vinha de uma garota bela, mas cheio de veneno em suas pupilas, sua feição familiar e esplêndida não deixara dúvidas: era a garota da escada, a que se intitulava rainha da alcatéia, a mesma garota que me evitou e despertou o repúdio por ela ser tão amarga e fechada. A cova estava mais aberta, e todo o meu corpo se deleitava em ir ao seu encontro, a morte mais doce e bela tinha nome e esse nome seria o culpado por meu fim.
                                                  Juliana Santiago

P.S: Só para esclarecer, estou postando só uma pequena degustação de cada capítulo. Eu já terminei o livro, só estou revisando para mandar para a editora. Obrigada a todos que estão me ajudando com críticas e opiniões, espero contar com vocês. Bjus ;*