terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A vida em um suspiro


Batidas fracas do meu coração, os suspiros ofegantes e a luz que refletia em minhas pupilas ficavam a cada milésimo mais escassa, era a luta de não desistir, de viver, mas era tão fácil fechar os olhos e deixar com que aquilo terminasse, a morte é mais fácil que a vida.
As palavras se confundiam em minha mente, a calma, que fazia com que meu coração se acalentasse, as nervosas, e por fim a histérica, que me tirou daquela escuridão.
-Minha filha, minha filha, não morre.
Ela coloca minha cabeça e acaricia meus cabelos com seus dedos nervosos, aquele toque de amor, que fez que uma lágrima deslizasse por meu rosto semi-morto, aquele calor que lembrava que eu ainda tinha vida e que não poderia desistir assim.
De repente as mãos aconchegantes me soltam para arrumar a roupa do hospital, e uma voz calma ressurge em meus ouvidos.
-Mana, você esta bem? – eu sentia que havia um desespero por trás de sua calmaria, ela estava se esforçando por mim.
-Eu não quero morrer. – a única frase completa que conseguia falar com o raro ar de meus pulmões.
-Você não vai morrer, você vai ficar bem. – ela fala com a voz trêmula, mas se mantendo forte como uma rocha.
O filme da minha vida passava pela minha cabeça constantemente, meus sonhos, cenas de acertos, erros, pessoas e como cada segundo fazia o conjunto da minha história, mas ele era um forte motivo para não dizer adeus, precisava conhecer o que viveríamos, e se não desse em nada eu precisava ter certeza que não seria assim que eu iria embora de sua vida, queria ser um fragmento de sua memória, valer algo no seu mundo, assim como ele valia no meu.
De repente percebo que preciso lutar, a voz histérica ainda gritava de desespero, o barulho do carro sendo ligado e eu carregada para dentro dele era assustador, deito rendida no banco de trás, fecho meus olhos e com as forças que restam penso em não desistir que irei agüentar ate onde minhas forças me levarem, seria guerreira ate onde Deus me permitisse, por toda a eternidade, se assim fosse.
Juliana Santiago
P.S: Essa historia é verídica e baseada em um episódio horrendo que vivi no dia 03.02.10, estava em casa com dengue e por uma complicação minha pressão baixou e quase entro em choque anafilático, mas graças a Deus estou bem. Peço perdão pelo tento que estive ausente, mas acho que tenho uma boa justificativa :D estava cm saudades de vcs, um bjo e espero estar de volta com tudo. Ah, e ele já sabe do que estou falando ;

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Acabei lendo sobre esse choque anafilático que você falou, pra saber como é. No que eu li disse que era fatal se não levasse logo para a emergência. Você sobreviveu a isso! Graças a Deus mesmo, Ele te salvou.
    Imagino um pouco como deve ter sido para você e sua família. Mas que bom que tudo passou!
    Mas vem cá, isso foi esse ano, ne? Por acho que tu errou a data...

    ah, desculpo sua ausência se continuar a postar mais. ;D
    ;*

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  3. Ju que saudade *-*
    To estudando muito e sem quase nenhum tempo disponível, mas virei sempre que poder aqui viu? Você deve ter msn né? Pois me adicione ai, se quiser claro: lhore0712hta@hotmail.com
    Ju que susto que você levou heim?
    Mas ainda bem que está tudo bem com você, beeeijos e se cuida

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  4. Foi esse ano mesmo, obrigada pela dica.
    foi em 03.02.11
    ;

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