terça-feira, 19 de abril de 2011

- Ei mamãe acorda!
O pequeno Luís balançava sua mãe de um lado para o outro, pensando que a qualquer instante ela abriria os olhos o jogaria no ar e ririam juntos, como tantas vezes fizeram.
Nenhum sinal.
-Mãe! Mãe!
Ele começava a ficar preocupado, seu pequeno coração de um menino de oito anos, não entendia bem o que se passava, só via os adultos correndo de um lado para o outro, falando no celular, chorando, ele queria entender!
-Ela faleceu. Não faz muito tempo, estamos esperando a ambulância, o IML. Tudo bem, te aguardo, tchau.
Ele escutou seu tio ao celular, ele era pequeno mais ligou tudo na sua cabeça. Sabia que sua mãe estava doente, mas sempre que ele perguntava dela, ela respondia para que ele não se preocupasse que tudo ficaria bem.
E tudo estava bem?
Ele então entende. Não balança-a mais, não fala, não grita, não reage. Apenas deita sua cabeça sobre seu peito e deixa que as lágrimas quentes percorressem seu corpo gélido.
Lembrou de uma conversa que ele tivera com ele, meses atrás. Quando ele subitamente perguntou:
-Mamãe, todo mundo tem um pai, cadê o meu?
-Eu já te expliquei filho, eu não sei onde ele esta, partiu quando você ainda era bebê.
Ele a abraça fortemente, como se nunca fosse deixa-la escapar.
-Eu só tenho você, não deixa eu ficar so.
-Você tem do seu lado o maior grandioso ser: Jesus Cristo, mesmo que ninguém esteja por perto Ele sempre estará.
-Precisamos retira-lá. – seu tio fala subitamente, esquecendo da presença do menino, ele tinha se tornado insignificante no meio daquela confusão.
Ele vê as pessoas carregando sua mae, levando-a para longe dele, sua dor era tão grande que ele não sabia exprimi-lá, apenas as lagrimas eram sua reação.
Alguem o abraça, de repente ele sente um calor, um consolo.
-Não se preocupe filho, você nunca estará só.
Ele não conhecia aquela voz, mas era tão familiar.
O ser o larga, ele olha para tentar reconhecer, vê apenas ohos azuis muito intensos abertos para ele, com um amor irrefreável, ele nunca tinha se sentido tão importante.
Sua tia o chama, ele olha para o lado, e vira novamente, não podia perder aquele olhar voltado para ele.
Sumiu. Ele procura em todos os lugares possíveis mas não encontra aquele ser. Ele sorri, e entende que sua mãe estava certa, ele nunca ficaria sozinho afinal.

                                                                                     Juliana Santiago

2 comentários:

  1. ownn. belo..
    querida quanto tempo..

    um bjo tenha uma linda semana viu

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  2. Ai, que coisa mais linda Juh. Prova real de que, embora pais, amigos, irmãos, tios e familiares vão embora, nosso Papai do Céu está sempre conosco. E, olha, é maravilhoso sentir isso... esse calor do Pai Eterno que não nos deixa... que nos protege, que nos ama, que nos perdoa e nos acolhe sempre, seja por uma perda, por um pecado cometido, por falta de amor, por nossa humilde e devasta solidão. Ele sempre nos estende a mão, e quando o renegamos, ele insiste em nos acolher e, então, nos mostra pessoas especiais.

    Deus! Sempre Deus! O que seria de nossa vida sem ele?

    Boa semana santa, minha florzinha de lis!

    beeeeeeeijos

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