quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Meu melhor amigo, minha fortaleza.



Estou sentada, o mesmo vento que balança as folhas secas do chão, esvoaçam meus cabelos, tocam em minha face enxugando minhas lagrimas. Meus braços passam em torno de meus joelhos, tentativa de me manter inteira, de remontar os pedaços descolados que estavam em algum lugar, perdidos, se escondendo de mim.
Uma mão quente toca em minha nuca, causando um choque térmico com minha pele gélida e sem vida. Eu não precisei levantar minha cabeça para saber que era ele porque seu toque era o único que conseguia anestesiar minha dor, entender minha alma.
Ele não pergunta nada, não era necessário ele me conhecia mais que eu própria, seus braços aconchegantes envolvem meu corpo, como uma ostra protegendo sua mais preciosa perola, um abraço quente e confortável, ele encontrara as partes perdidas e remontava-as novamente (apesar dele não ser o culpado por minha dor).
Levanto a cabeça e olho dentro de seus olhos, um contato amigo, irmão, nada além disso, ele era meu porto-seguro e não pedia nada em troca, apenas minha atenção e minha fidelidade eterna. Apesar de meu mundo estar caído, ele sorri, aquele sorriso sincero que  você só encontra poucas vezes na vida, seus dedos enxugam minhas lagrimas, minha alma começa a sarar, eu não me sentia mais sozinha e sem solução, porque ele estava ali, meu melhor amigo, minha fortaleza.

                                                                                             Juliana Santiago

4 comentários:

  1. Ter amigos é uma dádiva.
    Que lindo post, Juliana. Gostei das descrições, principalmente dessa frase: "Uma mão quente toca em minha nuca, causando um choque térmico com minha pele gélida e sem vida." Amey.
    ;*

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  2. maravilhoso, *-* adorei.. amigos, sao poucos.

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